sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Final de Clinica Medica

Essa matéria é um parto!
Felizardos os que aprovam. Graças as complicações da catedra de Clinica Medica da Unlar e deslizes meus, veio a consequência de eu perder um ano precioso de carreira.
Em 2015 eu reprovara nos parciais que já descrevi em posts anteriores sobre o quarto ano de medicina. Reprovando ai e devendo os exames finais de bacteriologia e parasitologia fiquei impossibilitado de render a matéria pela via direta e mais complicada, a de aluno livre (reprovado durante o curso da matéria). Por meu medo e preparação longas pra parasito acabei perdendo o prazo de até março (2016) de tentar tirar aprovando livre e acabei tendo que recursar a matéria e fui barrado de cursar as principais disciplinas do quinto ano. Então em 2016 somente cursei as matérias do quinto ano que clinica médica não barrava que eram Saúde Publica V e Medicina Legal. Alem da Clinica médica novamente, no fim de abril veio o primeiro parcial de clinica, bem em uma segunda feira cedo e tinha prometido visitar uma senhora em Córdoba para seu aniversário 1 ano antes, a prova caiu justo na segunda de manhã, fui festejei o niver e estudei na outra província, dormi no ônibus no trajeto de volta e fiz a prova onde reprovei na primeira instancia por 1 ponto, fiz 29 de 50 sendo que eram necessários 30... Depois disso me revoltei e abandonei o curso, acreditava que o primeiro parcial era essencial aprovar pra mandar ver nos outros dois que considerava mais difíceis.
No 1° parcial vemos Semiologia básica, historia clinica, síndromes (febre, ictericia, dispneia, cianose, edema, etc). Exame físico geral osteomioarticular e semiologia endócrina.
No 2° vemos semiologia cardíaca e nervosa, parece curto só esses dois mas o segundo parcial é considerado o mais difícil pela maioria dos alunos o índice de desaprovação aqui é bem grande e é onde mais da metade da turma todos os anos até então passa a ser livre e perde o direito a cursar a matéria. No 3° e ultimo parcial vemos semiologia respiratória, renal, digestiva e sanguínea. 
Então o exame final é oral em geral os professores tomam de 3 alunos de uma vez, pra quebrar o gelo, de praxe os alunos sorteiam uns pedacinhos de papel, 8 para ser mais especifico onde vão 8 assuntos da matéria os temas ou como dizem na gíria universitária as 'bolillas' são...
1 Historia Clinica + sindromes e osteomioart
2 Endócrino
3 Cardio
4 Nervoso
5 Digest
6 Respiratório
7 Renal
8 Sangue
Quem é aluno aprovado na matéria ou regular tira uma bolilla somente e o exame é menos rigoroso, quem é aluno livre tira duas bolillas e tem o exame mais rigoroso. Confesso (no meu ponto de vista) que comparado com outros exames finais o de Clinica é mais acessível para alunos livres, não existe muita diferença para o regular, acredito que os professores suavizam visto que nos últimos anos de 300 alunos que começam a cursar a matéria em média somente 90 conseguem a regularidade ao fim do ano... Os professores titulares se encargam dos alunos livres enquanto que os jtp (jefe de trabajos practicos) avaliam os regulares.
Então focado nos alunos na minha desesperante situação os livres temos que nos centrar em 3 pessoas, os titulares.
A titular da catedra é a Dra Feryala, 'a boazinha'...
Depois vem a Dra Gonzalez que seria a neutra, ou mediana, alguns dizem que é a mais difícil porque faz umas perguntas bem finas.
e por ultimo o temido Dr. Hodara famoso por ter pavio curto e mandar alunos embora no primeiro deslize.
Em 2016 desde maio eu já tinha em mente tirar fora Clinica de uma vez, mas é complicado é uma matéria muito extensa, realmente muito extensa e os professores exigem que os alunos saibam tudo na ponta da língua, são muitos critérios, postulados, regrinhas que a associação dos médicos de Nova Iorque ou da Conchinchina assim determinou ou os de Roma ou os de Ranson e somos obrigados a saber tudo! Descrever todos os ruídos cardíacos, sermos exímios leitores de eletrocardiograma, saber o exame físico de absolutamente tudo, sem falar no jogo de palavras, uma quantidade enorme de termos médicos e seus epônimos com tudo que é nome gringo que você imaginar pra designar algo, seja sintoma, manobra, operação ou como já mencionei postulado ou critério, clinica medica leva a semiologia e a medicina em si em sua totalidade dentro dela e saber tudo ainda mais livre é complicadíssimo. Pra suavizar ou a desculpa que dizemos uns aos outros e que não nos cobram o tratamento de tudo só a semiologia em si, (semio + tratamento vemos tudo novamente no quinto ano com a matéria de Medicina Interna) definição, muita definição, classificação, fisiopatologia, clinica e diagnostico, todos os temas que vemos seguem essa ordem e temos que saber bem fino tudo por exemplo síndrome piramidal, se fala a definição>classificação se houver e assim por diante até o diagnostico.

A definição vale muito saber 60% do exame é praticamente definições, tem umas que são tão complexas que os professores, principalmente os titulares gostam que se diga como esta no livro que a catedra segue, o Argente ou como eles dão nos teóricos, se o aluno responde bem a definição é sinal que sabe então o professor passa por alto o tema, se não sabe bem a definição o professor vai mais fino na intensão de testar e muitas vezes reprovar o vivente.
Uma coisa que me custou muito aprender foi que devemos devorar esse livrinho ai, o Argente, desde o começo não me dei bem com ele, gastei uma bolada$$ pra comprar, depois não gostei dele por vários motivos torpes, primeiro que ele é grosso, tiraria uma foto do meu e colocaria aqui se tivesse em La Rioja agora que escrevo mas to em São Paulo... tem mais de mil paginas, não sei como imprimiram ele mas quando ia ler a luz refletia na pagina e não dava pra ler direito, todo desengonçado toda hora tinha que mexer pro angulo de luz não atrapalhar a leitura, fora que o livro e grande, grosso e pesado brincando deve ter uns 5 kilos, levar pro hospital na mochila? Levei no primeiro mês depois larguei em casa esse trambolho, só fazia volume, pesava pra caraco e usava pouco, não valia a pena e pra piorar peguei a segunda edição que tem critérios diferentes da primeira e que os professores obrigam que saibamos de trás pra frente e tem muito isso de ver online, era bizarro ia ler sobre um tema falava um pouco, queria aprofundar e tinha escrito, 'acesse a versão online para saber mais...' e eu não tenho internet sempre! Enfim logo de cara larguei de mão e tentava estudar do alternativo, resuminho, algo que ia direto no ponto. ERRADO! Essa matéria cobra tudo desse maldito livro ai e tem que saber os professores cobram, meu erro foi teimar e tentar estudar de alternativo, aprendi a devora-lo na marra... Então as mesas foram passando.. maio... julho... setembro, sempre me preparava e abandonava, não dava... muito larga, decidi fazer aula particular e investir uma grana em um professor, encontrei um aluno com anos de experiencia de voluntariado de 'ajudantia' na catedra, o cara sabia muito, e tinha um material alem de sempre monitorar a mesa de exame e saber bem as perguntas dos professores já tinha até traçado o perfil de cada um. Foram três meses de aulas, quase todos os dias e aulas longas de 3h em media, ele ditava tudo manuscrito e dizia para estudarmos com afinco porque nos últimos dias já deveríamos repassar, O material de estudo dele ditado deu mais de 100 folhas, >200 páginas manuscritas em letra pequena! Mais dicas que dava de estudo que valeu e auxiliou muito depois foi só sentar e praticar com amigos complementar em treinar manobra, semiotécnica no outro e assim chegou dezembro e a primeira mesa de final.
Nervos... nervos... de todo meu grupo que se preparou todo esse tempo eu fui o único valente que se apresentou, mesmo sem me sentir preparado tinha que ir, era imperioso aprovar essa matéria e garantir acesso ao 5° ano de medicina, não admitiria sob nenhuma hipótese perder outro ano e estava disposto a tomar um reprovado se necessário.
Em dezembro são duas mesas ou seja duas oportunidades e fui na primeira semana numa quarta feira matutina onde se desenvolve no hospital de clinicas da universidade a avaliação final. De 80 inscritos se apresentaram 20, sendo que mais de 15 eram livres. Depois de mais de 1 hora de espera passei com a titular. Dra Feryala a 'boazinha' o ajudante disse que reprovar com ela é perder uma chance de ouro porque os outros professores não são tão bonzinhos como ela. Pois bem passamos três alunos.
Uma aluna e um companheiro e eu, cada um sorteou 2 papelinhos cada, a aluna pegou Endócrino e o outro tema não me lembro, eu peguei Historia Clinica e Digestivo e o companheiro Cardíaco e Sangue.
Primeiro a Feryala quis saber a historia de cada um até ali, A aluna explicou que engravidou e abandonou o curso e agora voltava com tudo, eu que cursei dois anos e o companheiro ao lado o mesmo. A professora tinha fichas que controlavam toda nossa historia e ia conferindo, sentado ao lado um ajudante puxa saco auxiliando-a.
Então ela começou pelas damas e deixou a aluna escolher um tema qualquer pra falar de endócrino, ela escolheu Hipertiroidismo, falou bem a definição, depois falou uma enfermidade que causa, a professora perguntou, oque mais? Apos uma larga reflexão e falhas a professora lhe ajudou com uma pista, são 4 enfermidades que evolucionam ao hiper... sem saber sobrou para os outros alunos eu e o companheiro respondemos. Enfermidade de Graves-Basedow, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico e tiroidites entre elas a famosa de Hashimoto que primeiro vira um hiper pra depois tardiamente evolucionar ao hipotiroidismo, alem de outros fatores e causas, administração exógena, fármacos, etc. Então a professora se esbaldou em o não saber e meteu hipotiroidismo na jogada, a aluna ficou em apuros, sabia a clinica mas não sabia a arritmia clássica dos hipertiroideios, não sabia bem o diagnóstico, nem o valor dos hormônios trh, tsh, t3 e t4. Nem eu sabia o valor de cada um de memoria e percebi que esse exame era bem mais complicado de fato. Acabou que o companheiro se sobre saiu e respondeu mais por cima da aluna, ainda errando feio a professora perdoou ela e ela seguiu no exame, então veio a bomba pra mim, a professora perguntou sobre vomito, critérios semiológicos para um paciente apresentando vomito com sangue. Eu respondia mas não era do agrado da professora, ela queria pontualmente, eu fui direto na consequência mais grave o Choque hipovolêmico ou hemorrágico e vim fazendo o caminho inverso até a menor consequência, isso irritou a professora, que queria da menor consequência até o choque e morte. Na pressão fui falando, a temperatura corporal, colorido da pele, pressão e pulso arterial, estado de consciência e de animo, me desgastando com sua paciência de ouro, parece que na pressão me bloqueei mas respondi, com tempo sendo que deveria ser de prontidão. Passou ao companheiro que esperto sempre respondendo em cima do erro dos outros dois já se despontava como o de melhor rendimento, o ruim de fazer exame com a Feryala é que você tem que ser rápido e preciso nas respostas, maior zona, todos os alunos se respondem entre si a pergunta dos outros e ela termina perguntando um pouco de tudo da matéria para todos, tudo num ritmo alucinante, quem tem melhor jogo de cintura se sobressaí em cima dos outros, em vez de todos se ajudarem mais parece ao meu ver que um tenta afundar o outro.
O companheiro respondeu perfeitamente sobre insuficiência cardíaca, quando perguntando em seu turno, onde só errou nos fatores de risco modificáveis, coisa que o professor ajudante lá atras encheu o saco que a professora fazia questão que se falasse e me fez sobressair, de resto respondeu corretamente todos os critérios  de classificação da new york heart association, os outros, epidemiologia argentina, causas, clinica e diagnóstico com critérios de Framingham. Então a professora fez mais perguntas a aluna de endócrino onde ela não soube responder , perdeu tempo e nós os outros tivemos que responder tudo, a professora me fez fazer todas as manobras da glândula tireoide e explicar no erro dela e o companheiro deu o valor exato de cada um dos hormônios, alem de outras perguntas mais diversas, então a Feryala perdeu a paciência e com toda educação disse que o exame dela terminava ali, ela podia presenciar o restante. Se virou, me perguntou sobre estados de consciência, coma, causas de coma, supra e infratentoriais, Escala de Glasgow, Acidente Vascular Cerebral, classificações e causas. Me enrolei explicando sobre as meninges mas de resto respondi satisfatoriamente bem. Me passeou por tudo a Dra, e mais perguntas ao companheiro, depois de 1 hora e meia de exame estávamos aprovados! Mas não era o fim todavia, ela nos levou a mesa e nos avaliou somente semiotécnicas! Se dirigiu a mim e disse, tu fica com nervoso e ao companheiro lhe disse respiratório, meu mundo caiu, meu ponto fraco era nervoso, ao contrario de respiratório que dominava muito bem! Nesse ínterim de exame largo chegou o Dr. Hodara e reprovou todos os outros alunos que esperavam para serem avaliados! Só restavam nós e imparcial o Dr. veio presenciar nosso exame porem sem interferir somente assistindo esperando a titular se desocupar de nós. Se sentou o ajudante puxa saco na maca acolchoada essas comuns de consultórios médicos e me olhou com cara de entediado a professora então disse, na sua frente tem um paciente com Parkinson, oque você vê? Então comecei a explicar na ordem, inspeção percussão palpação e ausculta se houver. De inspeção em parkinson se caracteriza pelo paciente ter uma cara anímica, sem expressão ou em outras palavras, cara de jogador de poker. Certo... disse a prof, e oque mais? me bateu o desespero, que mais? Era aquilo! Então fiquei uns 3 minutos eternos tentando me lembrar oque faltava e a professora já impaciente batendo o pé, se aproximou o ajudante que deu aula por trás e começou a me olhar e esfregar a mão no rosto, me lembrei! Disse que eles se caracterizam por ter excesso de oleosidade na face, pele lustrosa, bem! Então a professora me fez fazer a marcha parkinsoniana, como que avalia o trofismo com que manobras, da roda dentada, transtorno extrapiramidal, então a Dra me perguntou e o Parkinson se caracteriza por ter movimentos hipo ou hipertônicos? Pensei e respondi errado rapidamente hipotônicos, a professora fez uma careta enorme e disse nãããaooo, é hiper! Então o ajudante disse você explicou bem como é a marcha e como esse paciente se movimenta? Eu raciocinei, devagar ele se vira vagarosamente, nããããoo novamente, ele se movimenta em bloco por causa do transtorno extrapiramidal! Então fazendo sinais negativos a professora dizendo que estava frouxo me fez avaliar um paciente com AVC, onde mais uma vez me confundi com paralise facial e periférica, qual é clássica de inspeção no acv e eu errei, sabia bem qual era só confundi os termos, com meus erros aumentava a pressão interna dentro de mim e ia errando cada vez mais no meu estado de nervos, então continuei explicando como era na inspeção que o paciente tinha dificuldade para falar, por um transtorno de paralise de hemi corpo, a professora me fez explicar as lesões piramidais e caminhos invertidos, então ela me perguntou, a dificuldade para falar como é o nome em termo médico, pensei, é a disartria, mas não tinha certeza e sabia que se errasse novamente ia reprovar, pensei bem e respondi que era a afasia, errado novamente, então a professora me fez falar tudo sobre afasia, a motora e a sensitiva, me pegou no jogo de palavras, a sensitiva ou de Wernicke e a motora simplesmente me travei não lembrava o nome Brocca. Então ela disse que o correto era disartria, dificuldade para articular palavras e não afasia, meu exame terminou ali... Fui aconselhando a voltar pra casa e estudar mais. Seguiu o companheiro com um pouco de dificuldade mas perseverando em respiratório, respondeu tudo então a professora lhe fez uma pergunta básica de sangue, causas mais comuns de anemia ferropênica, que ele não soube responder! Fiquei me segurando pra não abrir a boca e ele ia errando e errando a essa altura a titular já se divertia nos erros e desespero do companheiro, então não me contive e ajudei ele interrompendo e dando dicas. Então a professora ia fazendo mais uma pergunta quando ele chorou, chega professora, vamos pra três horas de exame, já chega, já esta. Então a professora olhou no relógio até ela se cansou todos esperando ela terminar, e encerrou o exame aprovando ele. Voltei pra casa tirei um dia pra por o sono em ordem e agarrei com mais afinco ainda o Argente e o resumo das aulas e estudei meus pontos fracos, fui pro exame sabendo tudo mas sem saber bem os exames físicos, então estudei muito isso, fazia nos amigos, não perdoava nenhum ursinho de pelúcia de amiga que via, já agarrava e ia fazendo exame físico de abdômen, pontos renais, linhas, manobras... E assim fui pra segunda mesa duas semanas depois.
No segundo chamado se apresentaram mais alunos, cerca de 60. Esperei um longo tempo até ser chamado, em clinica é assim se você reprova com um professor não volta a ser examinado por ele vai rotando até passar por todos e voltar novamente com o primeiro, no caso são os três titulares, me preparei bem pra ir com o Hodara e os amigos ainda diziam, vai te tocar passar com ele Carlos! E eu dizia determinado, quero ir com ele mesmo!
Foto do Dr. Hodara que me enviaram por Wp.
Esperei por horas e fiz no corredor o repasso mais largo da vida, entrei e me sentei frente a Dra Gonzalez! Mais uma vez sorteei e peguei os temas Digestivo e Renal.
Ela começou pelo companheiro ao lado que pegou respiratório e nervoso e a companheira que pegou endócrino e cardíaco. Pra resumir a trama e não prolongar demasiado esse post ela perguntou a companheira sobre ruídos cardíacos e hipertensão arterial, e hiper e hipotireoidismo, absolutamente tudo. A Dra Gonzalez tem um estilo de perguntar durante todo o exame somente os temas que tocaram na bolilla, ao contrario da Feryala que faz uma salada e todos respondem entre todos e acaba falando todos os temas da matéria. Outra característica é que ela é uma Dra muito serena, calma, não deixa nenhum aluno interferir no assunto do outro e espera pacientemente por longos minutos o aluno ter a luz, passa muita calma, por outro lado ela faz muita enfase na fisiopatologia e pergunta realmente muito muito muito fino do tema que te toca, tem uma sabedoria muito grande que em mim me fez sentir um nada, um rato da medicina, oque você não sabe ela te explica na maior calma ao final, tem um perfil exemplar de docente. Ao companheiro fez ele passar maus bocados em respiratório e a mim me fez sofrer bastante com síndrome coledociano, classificações, causas, respondi bem incompleto onde ela me fez explicar o hepatograma completo e a função de cada enzima no figado, a companheira respondeu bem endócrino mas por mais que você responda bem tudo a Dra Gonzalez sempre vai tão fino que chega um ponto que você trava ela pergunta minuciosamente sobre tudo, na segunda ronda me garanti bem com Síndrome Nefrítico e Nefrótico.
Foto da noite anterior ao segundo chamado
Depois de 1 hora e meia todos aprovaram no exame oral e ela nos conduziu até a cama de exames, eu fui o primeiro e respondi de primeira perfeitamente todas as manobras do fígado, depois manobras cardíacas e como se observam os batimentos do coração em condições normais, invertido, diagonal, sagital, como se vê ou percebe melhor cada uma, por inspeção, palpação ou auscultação e para finalizar algumas nervosas, com que manobras avaliar ataxia estática e dinâmica e demonstrar como realizar elas, dessa vez era um exímio na semiotécnica meu exame acabou ali.
A Dra me pediu para ser voluntario e deitar na cama para fazerem manobras em mim, onde disse que não podia levantando a camisa e mostrando meu abdômen todo rabiscado. Sem graça a professora pediu para o outro aluno ser voluntario enquanto avaliava a companheira. depois de mais de 2 horas somado tudo e fazendo eles sofrerem um pouco ela determinou que todos estavam aprovados, mas como tivemos  algumas falhas deu a nota minima pra todos um 4.
Sai dali realizado, fui um dos poucos aprovados na mesa e estava enfim garantido no 5° ano de medicina!
Finalmente tinha aprovado o calvário que foi Clinica Médica!

17 comentários:

  1. é possível trabalhar e estudar medicina? conhece alguém que fez isso?

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    1. Olá lucas, sim é possível. Conheço gente que o fez e o faz. Impossível pelo que vejo é se formar em 6 anos, o trabalho cobra seu preço em tempo, pelo menos na universidade onde estudo que é bem rigorosa. Meu professor de clinica 1 se formou trabalhando, levou 9 anos, mas se formou 100% sozinho.

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  2. como estão organizadas as aulas, qual seria a carga horária diária de aulas?

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    1. Oi Lucas, cada catedra define no ano como seram as atividades não tem como prever.

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  3. Olá carlos, sou nova ainda me chamo kamila! Tenho vontade de fazer odontologia, mas não no brasil aki é muito caro e trabalho semi saturado. Eu guardo meu dinheiro todo mês pra quando acabar os estudos não passa muito apurada, queria conselho sobre rioja ou outro lugar

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    1. Odontologia, aqui na Argentina é mais cara e restrita que o Brasil, Odontólogos vivem bem e tem mais gente com dentes irregulares por assim dizer. É uma carreira concorrida na unlar, juntamente com medicina, tem vestibular e tudo, vem muita gente do Chile tentar odonto aqui, BR nunca vi. Então se vieres te mantem preparada que pra entrar em odonto não é simples.

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  4. Olá Carlos, tenho 39 anos e tenho família com dois filhos. Com quanto conseguiria sobreviver aí em lá rioja? Sou formado em Ed física e a esposa também. Conseguiria trabalhar aí? Obrigado se puder ajudar. Abraços.

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    1. Oi Aurilex, que pergunta.. dinheiro é complicado, separa 1mil reais pra cada um, todos convivendo juntos, acho que é um valor suficiente, mas é muito difícil estipular um valor, não sei quais são suas necessidades, cada um tem um perfil. Eu escrevi algo no post recado a quem quer vir estudar med na arg. Talvez ajude.
      Sobre trabalhar com Ed. física realmente não sei como faria se tem algum cadastro o que revalidar, não sei...

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  5. E é tranquilo encontrar emprego?
    Digo, daqueles que não precisam de formação específica.
    Tá muito caro os aluguéis por aí numa região não muito longe da universidade?
    Por falar nisso, ouvi dizer que não tem alugueis mobiliados, é verdade isso? Então não tem como dividir também né?
    Obrigado!

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    1. Olá anônimo vou numerar fica mais fácil.
      1 E é tranquilo encontrar emprego?
      Digo, daqueles que não precisam de formação específica.
      R - Sempre há.

      2- Tá muito caro os aluguéis por aí numa região não muito longe da universidade?
      R Depende da sua concepção de caro. em torno de 3 a 4 mil pesos neste ano de 2017, casinhas bem simples. ou nos fundos ou complexos... o cambio gira em torno de 1 real = 5 pesos. Tire suas conclusões.

      3- Por falar nisso, ouvi dizer que não tem alugueis mobiliados, é verdade isso? Então não tem como dividir também né?
      R Sim existem mobiliados. Sobre dividir depende do que o dono decidir, negócios são negócios.

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  6. Quais as matérias que caem no exame de ingresso?
    Matemática, física, biologia....?
    É puxado?

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    1. Olá Marcos, leia o post "A Unlar" lá estão respondidas tuas perguntas.

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  7. Como pode uma carreira que estuda tão especificamente as doenças mentais tolerar entre seus próprios alunos elevados índices de depressão?. Para mim a carreira de medicina é pedagogicamente tola e adoecedora no mínimo incoerente com sua finalidade que seria brindar a saúde.

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