quarta-feira, 24 de julho de 2013

Recado a quem pensa em vir estudar na Argentina.

Ultimamente o blog tem ganhado mais visibilidade do que nunca e isso me felicita, mas junto com toda essa visibilidade meu e-mail tem recebido mensagens constantes, sempre com as mesmas dúvidas, então, decidi fazer esse post direcionado a quem pondera trocar de país pra fazer medicina.
Entre as centenas de perguntas que me fazem, eu decidi reunir elas em temas que são:
-Custo de Vida.
-A Língua.
-Assessoria.
-Faculdade Pública x Privada.
-Cbc.
-Moradia.
Eu quero aclarar que eu não sou assessor e nem penso em ganhar dinheiro em cima de ninguém e sempre procuro escrever a verdade. Cada um tem a opção de acreditar no que digo e mais, vou dizer valores que pertencem a minha realidade e a minha pessoa. Estou falando de La Rioja. Cada cidade Argentina tem seu custo de vida seu clima e sua cultura!
Eu consumo por mês sozinho R$ 1.400 (reais) até a presente data em que escrevo.
Dentro deste valor se inclui tudo, aluguel, alimentação, transporte, contas e outros gastos que posso vir a ter. Com a faculdade não gasto nada já que ela é totalmente gratuita e pública. Uma pessoa pode gastar menos outra mais, cada um tem seu padrão de vida dentro de suas possibilidades porem imagino que o valor de gastos de qualquer pessoa que viesse pra La Rioja até a data seria próximo deste.
Falando da língua, se você vier sem saber castelhano é obvio que terás problemas, com o tempo (isso varia de pessoa pra pessoa), eu observo que quem é mais receptivo conversa mais, tem mais facilidade em aprender a língua, ao passo que pessoas tímidas e caladas tem mais problemas.
No meu caso eu sempre fui bastante comunicativo e me lembro bem que no começo meus amigos argentinos diziam que eu falava uma palavra em português e outra em espanhol e falava praticamente assim alternado, é de experiencia própria minha que no inicio eu falava e os outros não me entendiam e ao tentar me explicar só piorava as coisas e me estressava com isso, e me marcou muito nos meus primeiros dias de aula quando ao fim de uma aula de biologia fui tirar uma dúvida com o professor e ele não me entendeu, tentei novamente me comunicar e ele me "cortou" e disse, "vai no departamento de humanidades da universidade procura um tradutor e vem tirar sua dúvida comigo." Isso me marcou e me deixou triste mas eu apenas não me entreguei e continuei batalhando! Com o tempo eu fui aprimorando meu castelhano, depois de um mês aqui, um dia ao despertar da minha cama eu parei, escutei e finalmente entendi oque as crianças gritavam na rua nas suas brincadeiras e fiquei feliz (nunca vou me esquecer desse dia), até o fim do ano quando estudei e prestei a prova de idiomas meu espanhol melhorou consideravelmente e há alguns dias quando voltava para o Brasil ao ajudar um argentino com um problema ele me confundiu com um nativo e só depois descobriu que eu era estrangeiro! Isso me deixou feliz no sentido de que estou falando cada vez melhor. Mesmo assim não é a mesma língua e ao chegar aqui se não conhecer o idioma provavelmente você sofrerá. A reação frente a isso de cada pessoa vária.
No que cerne Assessoria eu já citei anteriormente o nome da minha assessora e até o site dela, na época em que me contactei com ela que foi no segundo semestre de 2011 ficou acertado e eu paguei pra ela R$2.000(reais). Foi uma baita grana e hoje refletindo eu penso que se tivesse feito tudo sozinho as coisas sairiam mais barato, mas pra aquela época foi perfeito, ela me deu todas as orientações, e resolveu toda a minha documentação, inscrição na universidade, e mais importante, me recebeu na rodoviária e me deu teto até eu conseguir arrumar minha moradia sem nenhum outro gasto por fora dos 2mil reais,  bem depois eu só tive gasto pra emitir minha identidade argentina e correr atrás dos tramites pra isso. Colocando na balança... um país que eu nunca havia estado antes e mal sabia falar a língua, valeu a pena sim, mesmo assim eu alerto que é sempre muito bom, para quem vai vir, pesquisar varias assessorias, ser carudo, investigar todas posibilidades, buscar todos os contatos possíveis. Não se deixem iludir nesse papo que só vão gastar 700~800 reais/mês. É MENTIRA. Vão gastar bem mais, venham preparados pra gastar uma bolada, você vai recomeçar do zero e erguer uma casa, pense que vai ter de comprar uma cama, um guarda roupa, uma geladeira, um fogão, mesa, cadeiras, vai gastar muita grana. O custo de vida é maior, tu vais gastar mais com alimentação, e somando tudo é quase certeza que gastarás mais de 1mil reais por mês. Outra coisa que aparece nos sites de assessoria em destaque é medicina sem vestibular. Isso também é outra falácia. Nas públicas sempre haverá vestibular o que chamam aqui de CBC. (Ciclo Básico Comum). Aqui em La Rioja e em Córdoba (falando das universidades públicas) chamam o Cbc de "Ciclo de Nivelação." e Dura 3 meses ao final deste período tem o vestibular eliminatório, o mesmo acontece em Rosário (UNR) e la eles chamam de MIU (Módulo de Inclusão Universitária). Em Buenos Aires(UBA) e La Plata (UNLP) o cbc dura 1 ano. E digo mais, em Córdoba existe uma cota para estrangeiros só entra um número determinado deles por ano em Buenos Aires creio que também existe (fico a confirmar isso). Eu acho que é tanto estrangeiro que vem tentar em uma pública que os argentinos criaram esse sistema de defesa pra não gastar dinheiro do próprio povo argentino pra bancar a carreira de estrangeiro em uma universidade do estado deles. Em La Rioja por enquanto não existe cotas para estrangeiros. Mesmo que você vá fazer uma universidade particular aqui além de pagar a mensalidade você termina fazendo algo parecido com o cbc, por exemplo na Barceló eles dizem que tem 7 anos de carreira, o primeiro ano nada mais é do que uma espécie de cbc, aprovando ele você segue para o segundo ano que seria equivalente ao primeiro ano em uma pública.  Eu vejo muita gente se queixando que em Buenos Aires não há muitas aulas. No primeiro ano na UNLaR eu não fiz muita coisa, foram 4 matérias apenas eu tinha bastante tempo livre embora tivesse aulas quase todos os dias por um período até extenso. No segundo ano eu já tenho aulas todos os dias e em ambos períodos mas ainda assim tenho intervalos de horas entre as aulas, com os anos as coisas vão só piorando, por exemplo no primeiro ano temos 4 matérias, no segundo 8... no terceiro 12... no quarto 14... no quinto 6 e no ultimo são as 4 grandes áreas do médico generalista. Os professores passam a matéria no teórico mas muitas vezes são superficiais cabe a ti como aluno estudar por conta pra depois nos práticos e nos parciais os professores voltarem e te cobrarem o tema realmente "fino". Se você não conhece isso se chama PBL Problem Based Learning. (Muito prazer em conhece-lo!) Se vier pra cá muito provavelmente vai se deparar com esse método de ensino. Fique avisado de antemão pra depois não ver tantas queixas por ai do método de ensino das universidades argentinas.
Sobre concorrência, na UNLaR nos últimos anos se tornou baixíssima com a expansão da oferta de vagas, chega ser de 3 candidatos por vaga ou até fração inferior, mesmo assim pra entrar tem que bater a nota 6 em um possível de 10 (6/10) e eu vejo muito brasileiro falhar, porém mesmo assim a peneira continua no primeiro ano com anatomia e bioquímica que são matérias complicadas de levar pra quem não se dedica.
Pra se ter uma noção em números na minha turma entraram 350 alunos, passaram ao segundo ano uns 170 alunos o resto está recursando, isso mesmo mais da metade dos aprovados na UNLaR em 2012 repetiram de ano. O ano em que entrei na UNLaR foi o recorde de brasileiros, 25 aprovados, destes seguem no segundo ano apenas 10. O pessoal vai desistindo pela dificuldade, porque não se adaptam ou por problemas financeiros mesmo. Pra um brasileiro, repetir de ano é a mesma coisa que seus país (ou a pessoa que te banca) pegar uma quantia aproximada de R$20.000(reais) e simplesmente tacar fogo... Um ano perdido é um prejuízo enorme.
Em Córdoba a concorrência gira em torno de 10 por vaga ou cifra menor e o corte é de 8/10.
No meu post anterior eu relatei sobre assistir aula em um dia na fmusp, ao estar lá por um dia eu pude constatar com meus próprios olhos que as pessoas que estão lá geralmente tiveram uma boa base desde o principio de suas vidas, foram custeadas com um ótimo colégio, uma ótima formação no geral e passaram pelos melhores cursinhos preparatórios do país, tudo isso demanda além de dedicação (óbvio mérito deles) muito dinheiro para a formação, realidade que não alcança a maioria dos brasileiros, Se você vier para a Argentina você tem que se enquadrar nos seguintes quesitos, não ter tido boa formação e competência e ser derrotado no vestibular brasileiro, não ter dinheiro suficiente pra bancar uma particular mas ter uma base (sólida!) pra se manter aqui, e esquecer essa ilusão de que você terá muito dinheiro ao formar-se, tem que vir pela vocação de ser médico e ter muita garra pra seguir adiante com isso!
Nenhum brasileiro sai do seu país rumo ao  vizinho em busca de um melhor nível de educação. São todos fugitivos do vestibular. No fim de todas as maneiras você sofrerá pressão e terá de provar também que é capaz de seguir adiante no curso e isso não será só no cbc será durante toda a carreira de medicina!
Imagem que ilustra bem um Brasileiro ao vir pela primeira vez estudar na Argentina
"Um Tiro no Escuro"
Moradia, isso é outro tema complicado, alguns tem mais sorte que outros ao encontrar, se trata de ter contatos, estar atento e ter dinheiro na mão pra agarrar uma boa oportunidade. Eu vivo sozinho e a um quarteirão do campus, mas foi um sufoco e muita sorte eu encontrar o departamento onde vivo atualmente. Eu pago $1.500(pesos arg) onde vivo atualmente² e já vem semi mobiliado e com algumas contas inclusas. Isso pra mim, aqui em La Rioja seria algo justo e barato. O aluguel não é barato na argentina.
Se você leu meu blog inteiro até o momento (é, já é bastante coisa escrita) viu que eu falo bem do ensino daqui e da cidade, eu gosto daqui mesmo e defendo. Adoro muito tudo isso daqui e sou muito grato ao povo argentino.
Abaixo eu deixo links de blogs que tem uma posição negativa daqui e peço que vocês que aspiram a vir pra cá leiam.
Essas são visões acerca de Buenos Aires.
Nas palavras do blog da Patricia
Nas palavras do blog do Pablo (Depois leiam a Pt II, III e IV.)

Sobre La Rioja tem o blog do Hermano Tapioca.
E mais recentemente tem o blog do Cristian.
Do Tiago Passos que estuda junto comigo na UNLaR e está uns anos na minha frente na carreira de medicina.
Ao ler o blog desde o inicio vocês verão que ele até gostava da cidade mas hoje em dia ele não gosta da cidade de jeito nenhum!
São opiniões diferentes da linha que eu sigo e acho que é  importante se você pensa em vir dar uma conferida.
Pra quem vai me enviar e-mail com dúvidas eu peço que leia o meu blog todo! Antes de me fazer perguntas que já estão respondidas nesse mar de palavras.
Desejo um abraço enorme pra todos!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Visão de um dia na FMUSP

Saio completamente do universo "Argentino" deste blog e parto para o Brasil, São Paulo.
Já faz um tempo que eu mantenho contato com um outro estudante de medicina que também escreve em um blog lá do Brasil, o Deco (o blog dele esta na coluna "minha lista de blogs" do lado direito desta página e tem o título de Diário de um Estudante de Medicina). Nos meus contatos com ele, visto que também ele é paulistano como eu e estuda na faculdade de medicina da usp, eu conversei sobre a possibilidade de ir e ver uma aula lá com ele durante minhas férias no Brasil. Acabou que deu certo uma vez que as férias na Fmusp começaram no fim de junho e terminaram já no meio de julho. Nos meus últimos dias no Brasil eu aproveitei e acompanhei um dia de aula com ele.
Busto do Dr. Arnaldo e a Fmusp.
As faixas negras são pelo clima de protesto do dia.

As atividades começaram cedo, fui no dia 16/07/13 e as aulas foram divididas da seguinte maneira.
8h BCP (Bases do Controle e Prevenção de Moléstias Transmissíveis) - História Natural da Doença e níveis de prevenção.
9h30 MC (Microbiologia Médica) - Etapas no diagnóstico microbiológico das infecções bacterianas.
10h45  MI (Clínica de Moléstias Transmissíveis) - Acidentes com animais peçonhentos.
12h as 14h hora da felicidade, almoço no refeitório do hc!
14h BCP Vigilância Epidemiológica e controle das doenças transmissíveis.
E as 16h haveria outra aula mas eu sai pra protestar com umas centenas de outros alunos.
O Deco me recebeu desde o momento em que entrei no campus e foi meu guia durante todo o tempo e eu observei bastante.
Nas minhas impressões achei a faculdade muito boa falando de estrutura, assisti as aulas do 4° ano no anfiteatro de parasitologia e achei ele pequeno, mas isso é porque estou acostumado com os 'anfis' da Unlar que tem uma capacidade maior visto que lá temos mais estudantes de medicina por turma. O molde do anfiteatro me lembrou  em muito os do HC da UFPR em Curitiba.
Anfi de Parasito da fmusp
Na primeira aula as 8h eu gostei, achei ela muito parecida com uma disciplina que temos aqui que é a Saúde Pública e vai do 1° ao 5° ano, embora eu esteja na metade do 2° ano de med, consegui entender bem, me senti familiarizado com muitas coisas que a professora falava porque vi na Unlar e fiquei feliz por isso. Confesso que não entendi 100% porque a professora constantemente citava doenças com associações a Parasitologia e Bacteriologia que são disciplinas que só vou ver no 3° ano e também foi uma experiencia diferente ter uma aula de medicina em português, eu me acostumei demais ao espanhol, talvez pelo fato de não viver mais em são paulo em vários momentos percebia o forte sotaque paulista da professora que para todos ali deveria ser natural mas pra mim era muito diferente rs.
Na aula seguinte de MC eu quase 'pesquei' de sono pelo tom monótomo dela, em um certo momento quando percebi que ia apagar olhei para o lado e me surpreendi com a grande quantidade de alunos que já tinham adormecido hahaha, fiquei desperto até o fim mas não absorvi muita coisa desta aula.
A aula de MI
A aula de MI era a que eu mais aguardava pelo tema que me atraia e creio que foi a melhor, além de ser em um ritmo frenético, (em 1 hora o professor passou mais de 200 slides). Foi enriquecedora, recheada de informações. Oque mais gostei foi de saber as características e como age em síntese o veneno das cobras por famílias, porem, claro eu senti que o professor conseguiu falar de tudo. Definição-tratamento-ação-consequências-números absolutos-etc.
Na hora do almoço eu pude observar melhor a faculdade e digo que o almoço do hc é muito gostoso e barato! Quem dera eu tivesse todos os dias!

O Deco me disse que a fmusp foi feita na década de 1930 e deu pra perceber bem na arquitetura seja interna seja externamente os traços dessa época. As vezes eu me perdia observando e parecia que eu havia viajado no tempo...


Tenho que acrescentar que durante minhas andanças dentro do campus diversas vezes ao fitar o rosto de alguns alunos tive uma pequena sensação de familiaridade, como se já os tivesse visto no passado em algum cursinho de sampa.
Entre 14h a 16h eu assisti minha última aula e foi dada a opção aos estudantes de participar de um protesto, todos puderam sair sem contar falta.
Justo o dia em que eu visitei e conheci a fmusp era o dia de um protesto marcado em varias cidades do Brasil de membros da classe médica protestando contra as medidas apressadas e mal estruturadas do governo federal no âmbito da saúde, eu acabei indo junto com o Deco e muita gente do HC.
Dia terminando em protesto em SP!
Eu não gosto muito de notícias pois a maioria é tendenciosa quase nunca é completa ou não informa direito, tentam manipular quem lê mas lhes deixo um link aqui que cita esse protesto acima. No google você pode encontrar notícias referentes a este episódio aos montes.
Por fim eu queria agradecer a turma 98 da fmusp, em especial ao Deco e aos seus amigos por terem me recepcionado tão bem e terem sido tão simpáticos comigo!
Foto de recordação, a esquerda este que vos escreve e a direita o Deco.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sistema de Coleta de Residuos de La Rioja

Existe algo que eu gostaria de compartilhar com vocês.
Bem eu gosto de infra estrutura saber como funcionam as coisas em uma cidade, desde o primeiro dia em que cheguei em La Rioja me perguntei, pra onde vai a água que é usada pelo povo? Nunca vi uma estação de tratamento sequer um rio que receba os detritos domésticos, rio na verdade existe aqui sim mas ele já se entrega pelo nome dele. "Tajamar" que em castelhano significa "Rio seco". Aliás o tajamar da cidade ao meu ver é otimo pelo menos na zona cêntrica que é plana e quando ocorre uma tempestade o tajamar absorve completamente a água, mas não é sobre água que quero tratar aqui, é sobre a coleta de lixo da cidade que chama minha atenção e é totalmente diferente do que eu já vi no Brasil.
Logo que cheguei no inicio de 2012 me chamou a atenção que a coleta era igual a de onde eu vivia SP a unica diferença era que os garis pareciam civis comuns, ao invés de usarem uniformes e terem identificação eles simplesmente usavam calça jeans ou de moleton, tênis e uma camisa de manga comprida, por vezes bonés comuns. Saiam correndo pelas ruas e coletando o lixo para o caminhão. Eu achava diferente mas até ai tudo bem, outra coisa chata no período era que a cidade tinha e ainda tem muitos cães de rua então eu perdi a conta das vezes que coloquei o lixo na rua no suporte e depois encontrava os sacos rasgados e lixo espalhado por toda a calçada e meio fio graças a esses cães. Mesmo com o suporte pra por o lixo em um lugar elevado os cães saltavam  mordiam a sacola e arrastavam ela para o chão nas suas peripécias. Pois então a administração da cidade inovou a ideia de coleta de lixo e pôs em prática um novo método de captação.

Container de lixo na rua
Primeiro ela acabou com os suportes de lixo de todas as casas ou pelo menos aposentou eles e espalhou pelas ruas uma espécie de micro container fechado por cima com aberturas parcialmente ocluídas com borracha, com uma distribuição em muitos quarteirões de boa parte da cidade.
Vale lembrar que em algumas zonas mais afastadas da cidade o velho método de coleta ainda persiste e não há esses containers mas eu diria que em 80% da cidade e nas zonas mais densamente povoadas esse método de coleta está em vigor.
E segundo não há mais garis a coleta é completamente mecanizada e realizada por 2 caminhões, um de coleta em si e outro que mais chama minha atenção é o de higiene dos containers.

Na imagem acima você pode ver o primeiro caminhão de coleta de resíduos e ao fundo o de higiene ambos içando os containers.
Recolhendo lixo e depois esmagando e compactando este.

Eu compactei essas imagens em uma, do processo do caminhão de higiene, primeiro ele submerge o container em água com sabão e em seguida lava ele com aqueles rolos que se usam em lava jatos para carros e devolve brilhando o container pra rua.
Existem algumas cidades no paraná que fazem esse tipo de coleta mecanizada e deve haver algumas outras pelo Brasil mas nelas o caminhão de limpeza inexiste. Pra mim está de parabéns esse tipo de coleta e apoio que ele exista em todas as cidades. O único ponto negativo que eu senti nesse sistema novo é que ao andar pelas ruas em algum meio de transporte as vezes quando vou entrar em uma rua dobrando a esquina tenho que observar se a passagem está livre pra poder avançar com o veiculo que conduzo e o container por vezes fica próximo da esquina e atrapalha a visão pra ver se a via está livre, mas levando tudo em conta e colocando  na balança é melhor do jeito que está do que antes, ainda mais que os containers possuem uma boa sinalização e adesivos refletores de luz pra evitar colidir com eles de noite por exemplo.

Nota 10 pra esse método de coleta!