A autoridade máxima em saúde parte do 'ministerio de salud' que é similar ao brasileiro em organização e funções.
O sistema de saúde deste país surenho é dividido em 3 subsistemas.
- Público
- Obras Sociais
- Privado
Dentro do padrão global é considerado um sistema de saúde misto em que se destacam os subsistemas...
Público - proporciona serviços de forma gratuita e quem banca é o estado com a arrecadação dos impostos.
Obras Sociais - É conformado por instituições que cobrem os gastos com saúde. São entidades que tem o dever de organizar a prestação de atenção médica aos trabalhadores. Assim se o trabalhador adoecer ele e sua família podem ter acesso à atenção médica. Seriam algo similar aos seguros médicos nos Estados Unidos.
A obra social pode cobrir também ajuda de saúde a pessoas, financiamento de pesquisas e fomento a arte e cultura.
O valor funciona da seguinte maneira, está automaticamente descontado da folha salarial de quem trabalha no país e também o empregador paga uma quantia por cada empregado.(Exemplos de obras sociais vigentes. Osecac - obra social de los empleados de comercio y actividades civiles, Osde Obra social de los executivos, Iose Instituto obra social del ejercito,)
Privado - Agrupamento de empresas de medicina pré-paga, Clínicas, sanatórios (sanatório e como se nomeia hospital privado na Argentina), consultórios, enfim um amplo grupo com um objetivo - Ganhar Dinheiro.
Pra entender o contexto atual é necessário recorrer a história... Então vamos resumir e fazer uma conclusão. ok?
Evolução Histórica do Sistema de Saúde.
1. Modelo de Descentralização Anárquico.
Primórdios-1950. Sobretudo na primeira metade do século XX. O sistema sanitário argentino era conformado por uma diversa e ampla quantidade de instituições que tinham um comportamento reativo frente a necessidades especificas, operavam a demandas pontuais e de curto prazo. A função do estado era subsidiaria, se limitava à higiene pública, controlar epidemias e vigiar a sanidade das fronteiras e entrava em ação frente a adversidades não previstas.
2. Modelo Centralizado
1945-1955 Nessa fase o estado chamou a responsabilidade, nacionalizou todos os estabelecimentos públicos incrementando o beneficio da sociedade, expandiu centros de ambulatórios e hospitais a nível nacional criando uma rede ampla e se produziu um tremendo crescimento dos serviços públicos.
3.Descentralização do Sistema
1955-1978 O governo da revolución libertadora iniciou reformas pra transferir à províncias e municípios as responsabilidades técnicas e administrativas dos estabelecimentos públicos que estavam nas mãos do estado nacional. Nessa fase houve uma significativa transferência a nível da saúde e foi quando as obras sociais foram ganhando relevância.
O financiamento do estado, a provisão de saúde e a capacidade instalada caíram significativamente.
4.Reforma do Sistema
1990 Reforma do Subsistema Público de saúde. Se dividiu em 4 eixos principais.
- Tentativa de transformação da modalidade de gestão financeira dos hospitais. (Hospitais públicos de autogestão).
- Acentuação da descentralização hospitalar. (Mais transferências de hospitais nacionais a provinciais [Seria o mesmo que passar da esfera federal -> a governamental e municipal]).
- Privatização de serviços periféricos de saúde.
- Criação de um novo programa nutricional materno-infantil.
Surgiu da necessidade de melhorar a eficiência dos serviços de saúde para os assalariados, e pra isso permitiram que as obras sociais tivessem maior alcance, a partir de aqui um trabalhador não seria obrigado a escolher uma obra social específica ele teria liberdade pra escolher outra. Os trabalhadores poderiam optar por uma obra social que não pertencia a sua atividade econômica de emprego, por exemplo, a obra social dos arquitetos, dos empresários e dos médicos poderiam servir a qualquer uma dessas classes sem ser obrigado que exercessem ditas profissões.
O sistema de saúde argentino se encontra fortemente fragmentado e desarticulado.
Existe um sistema de saúde conformado por um setor público que pretende dar cobertura médica total a população porem não consegue chegar com essa cobertura total, principalmente aos setores mais carentes.
Existe um subsetor de obras sociais que pretende dar cobertura aos trabalhadores porém nem sequer considera o grupo de trabalhadores desempregados, e fecha os olhos para os trabalhadores informais.
Existe um subsetor privado, que aponta naturalmente a alta sociedade que tem poder aquisitivo pra bancar esse setor.
Espero que você não fique com uma má impressão, sempre tem que criticar buscando melhorias, aos poucos bem lentamente o sistema de saúde vai evoluindo, não só olhando pra Argentina mas olhando pra pátria grande, pra América Latina, em todos os cantos estão se produzindo incrementos e melhoras a nível de saúde social. Felizmente. Ao meu ver na Argentina você recebe tratamento gratuitamente sim, só que na mesma pegada do Brasil você pode acabar morrendo enquanto espera pelo tratamento. é um tema que dá uma boa discussão e eu sou só uma 'criança', com pouca experiência frente a toda a situação. Oque for vendo vou extravasando por aqui.